domingo, dezembro 19, 2010

Quem são os "irmãos" de Jesus?

Introdução

 
Os cristãos protestantes costumam ensinar que Maria, Mãe de Jesus, teve outros filhos além de Nosso Senhor. Que o Verdadeiro Espírito Santo nos permita mostrar aos nossos irmãos separados a verdade sobre os "irmãos" do Senhor.
Jesus, o primogênito
No Evangelho de São Lucas lemos: "Maria deu à Luz o seu filho primogênito" (Lc 2,7). Aqui os protestantes enxergam indícios de que o Senhor foi somente o primeiro filho de Maria. Ora, a palavra "primogênito" só significa primeiro filho, podendo ele ser filho único ou não.
A própria Escritura Sagrada dá testemunho disto, vejamos:
"O Senhor disse a Moisés: "Faze o recenseamento de todos os primogênitos varões entre os israelitas, da idade de um mês para cima, e faze o levantamento dos seus nomes." (Num 3,40) (grifos meus).
Se para que seja primogênito é preciso que haja outros irmãos, como pode haver primogênitos "da idade de um mês para cima"?
Um outro exemplo está no livro do Êxodo: "e morrerá todo primogênito na terra do Egito, desde o primogênito do faraó, que deveria assentar-se no seu trono, até o primogênito do escravo que faz girar a mó, assim como todo primogênito dos animais." (Ex. 11,5).
E a promessa de Deus se cumpre, onde lemos: "Pelo meio da noite, o Senhor feriu todos os primogênitos no Egito, desde o primogênito do faraó, que devia assentar-se no trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. O faraó levantou-se durante a noite, assim como todos os seus servos e todos os egípcios e fez-se um grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex. 12,29-30).
A própria tradição ensina que o Faraó só tinha um único filho. Desta forma, a palavra "primogênito" em Lc 2,7 não prova que o Senhor teve outros irmãos.
José "conheceu" Maria?
No Evangelho de São Mateus lemos: "José não conheceu Maria [não teve relações com ela] até que ela desse à luz um filho." (Mt 1,25).
Neste trecho os protestantes entendem que depois do parto, José "conheceu" Maria.
Quem entende o mínimo de exegese bíblia e cultura judaica, saberá que o Evangelho de Mateus é coberto de "aramaísmos", isto é, expressões típicas da língua aramaica e hebraica, que quando traduzidas para outra língua não possuem o mesmo significado.
A expressão "até que", "até" ou "enquanto" na linguagem bíblica, diz respeito somente ao passado. Para que isso fique mais claro vejamos outros exemplos na própria Escritura:
Ainda em Mateus, encontramos a promessa do Senhor à Igreja: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mt 28,20) (grifo meu). Será que o versículo quer dizer que após a consumação dos séculos, Jesus não estará mais com a Sua Igreja?
"Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (2 Sam 6,23) (grifo meu). O escritor sagrado quer dizer que depois de sua morte, Micol teve filhos?
Falando Deus a Jacó do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gn 28,15) (grifo meu). Depois que se cumprir o que o Senhor disse, Ele então deveria abandonar Jacó?
Em Gênesis lemos: "[Noé] Soltou o corvo que foi e não voltou até que as águas secassem sobre a terra" (Gn 8,7) (grifos meus). Aqui não significa que o corvo voltou após as águas secarem, o que se quer é dar ênfase ao fato de que ele não voltou, mostrando que as águas finalmente secaram.
Desta forma, em Mt 1,15, não significa que depois do parto José deveria "conhecer" Maria. O Evangelista quer mostrar aqui o milagre da encarnação do Verbo, que aconteceu por obra do Espírito Santo, sem a intervenção do homem (cf. Is 7,14).
A palavra "irmãos" na Escritura Sagrada
Nossos irmãos protestantes alegam que em diversos lugares, o Evangelho fala dos "irmãos" de Jesus, como por exemplo: "estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos querem ver-te" (Mt 12, 46-47; Mc 3,31-32; Lc 8,19-20).
É importante dizer que nas Sagradas Letras, as palavras "irmão", "irmã", "irmãos" e "irmãs" podem denotar qualquer grau de parentesco. Isto porque, as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzem o nosso "primo" ou "prima", e serve-se da palavra "irmão" ou "irmã". A palavra hebraica "ha", e a aramaica "aha", são empregadas para designar irmãos e irmã do mesmo pai, e não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42,15; 43,5; 12,8-14; 39-15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23,21), primos segundos (Lv 10,4) e até parentes em geral (Jó 19,13-14; 42,11). Existem muitos exemplos na Sagrada Escritura.
Observamos no Gênesis que "Taré gerou Abraão, Naor e Harã; e Harã gerou a Ló" (Gn 11,27). E Ló então era sobrinho de Abraão. Contudo no mesmo Gênesis, mais adiante Abraão chama a Ló de irmão (Gn 13,8).
Ainda em Gn 14,12, o Evangelho nos relata a prisão de Ló; e no versículo 14 observamos: "Ouvindo, pois Abraão que seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascido em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã".
Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29,12-15).
Assim a qualificação de alguém pela palavra "irmão" ou "irmã" em relação ao Senhor, não significa necessariamente que fossem irmãos de fato. A única certeza que se pode ter neste caso é que eram parentes do Senhor.
A quem os Evangelhos chamam de "irmãos" do Senhor?
Os Evangelhos qualificam algumas pessoas como "irmãos" do Senhor. A primeira referência que encontramos está em São Mateus, onde lemos:
"Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mt 13,55).
Uma passagem correspondente encontramos em São Marcos:
"Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito" (Mc 6,3).
1. A importância da expressão "uiós Marias".
Interessante notar que São Marcos usa a expressão grega "uiós Marias", em português "o filho de Maria". Considerando Mateus e Lucas, observe o leitor que apenas o "o filho do carpinteiro" é chamado de "o filho de Maria" e não "um dos filhos de Maria". Isso pode não fazer muita diferença em português, mas em grego é muito significativo.
Primeiramente pelo fato da mulher ser a última das criaturas no mundo antigo, normalmente a filiação de alguém sempre referenciava o pai. Por exemplo: "o filho de Jonas", "o filho de Alfeu", etc. Mas São Marcos ao falar da filiação de Cristo, não aponta para José, mas para Santa Maria, utilizando uma expressão que normalmente só era usada para designar filhos únicos.
É claro que esta ocorrência incomum no Evangelho de Marcos não é sem propósito. O Evangelista que mostrar que Cristo era o único filho de Santa Maria.
2. A Carta de São Paulo aos Gálatas
Segundo nossos irmãos protestantes, os supostos irmãos de sangue de Jesus seriam: Tiago, José, Simão e Judas. É o que o eles afirmam lendo Mt 13,55 e Mc 6,3, confiando que estão sendo guiados pelo Espírito Santo. Dizem ainda que São Paulo confirma isto, pois na carta aos Gálatas ele escreve: "Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas [Pedro], e fiquei com ele quinze dias. E dos outros apóstolos [que estão em Jerusalém] não vi a nenhum, senão a Tiago, irmão do Senhor? (Gl 1,18-19).
Segundo a referência paulina acima, este Tiago, "irmão do Senhor", é de fato um Apóstolo.
Segundo as listas de Mateus, Marcos e Lucas, existiram dois apóstolos de nome Tiago. Vejamos:
"Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor" (Mt 10, 2-4) (grifos meus).
"Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;  e Judas Iscariotes, que o entregou" (Mc 3,16-19) (grifos meus).
"Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos: Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor" (Lc 6,13-16) (grifos meus).
Conforme podemos observar, um Tiago era filho de Zebedeu e o outro filho de Alfeu. Agora eu pergunto aos meus irmãos protestantes: o que tem Zebedeu e Alfeu com Santa Maria, Mãe de Jesus"
Ora, é ponto pacífico entre todos os cristãos que Santa Maria só foi casada com São José, e que não se casou depois. Portanto, este Tiago, o qual São Paulo se refere em sua carta aos Gálatas não era irmão de sangue do Senhor Jesus; logo, as palavras do Apóstolo não dão suporte à tese protestante.
3. Distinguindo os Tiagos
Primeiro é preciso fazer uma distinção entre os dois "Tiagos" que foram apóstolos. O Tiago, filho de Alfeu (cf. Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,15) era também chamado de "o menor", veja:
"E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé" (Mc 15,40) (grifos meus).
Este Tiago que era irmão de José, não é filho de Zebedeu conforme vemos em São Mateus:
"Havia ali também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir. Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu" (Mt 27,55-56) (grifos meus).
Como vemos acima, a Mãe de Tiago e José não é a mãe dos filhos de Zebedeu. Desta forma, o Tiago chamado "o menor" em Mc 15,40 era o filho de Alfeu. Com efeito, tanto São Marcos quanto São Lucas identificam este Tiago como irmão de José.
Podemos então distinguir os dois "Tiagos" assim: Tiago, o Maior, é filho de Zebedeu e Tiago, o Menor, é filho de Alfeu.
4. Os irmãos dos Tiagos
Na lista dos apóstolos de São Lucas, Judas era irmão do Tiago filho de Alfeu (cf. Lc 6,16), o que corrobora com o livro de Ato, onde encontramos:
"Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago" (At 1,13) (grifos meus).
Segundo São Mateus e São Marcos este Judas era também chamado Tadeu (cf. Mt 10,3; Mc 3,18).
Até aqui os filhos de Zebedeu são Tiago (o Maior) e João (cf. Mc 3,16; Mt 10,2). Os filhos de Alfeu são Tiago (o Menor), Judas Tadeu e José (cf. Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,15; At 1,13).
5. Quem é o Tiago referido na carta aos Gálatas?
São Paulo chama um dos "Tiagos" de "irmão do Senhor" (cf. Gl 1,19). Vimos ele ou é um dos filhos de Zebedeu ou Alfeu, e não de José, portanto, não é irmão de sangue do Senhor Jesus.
Quem é este Tiago a quem o Santo Apóstolo se refere? O Maior (filho de Zebedeu e irmão de João) ou o Menor (filho de Alfeu e irmão de Judas)?
Em Atos lemos que o Tiago, irmão de João foi morto após perseguição de Herodes:
"Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar. Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João" (At 12,1-2) (grifos meus).
Isto aconteceu depois que São Paulo esteve em Jerusalém para ver os Apóstolos, pois o seu relato em Gl 1,18-19 é o mesmo evento narrado por São Lucas em Atos 9:
"Chegando a Jerusalém, [Paulo] tentava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não querendo crer que se tivesse tornado discípulo. Então Barnabé, levando-o consigo, apresentou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo vira o Senhor no caminho, e que lhe havia falado, e como em Damasco pregara, com desassombro, o nome de Jesus. Daí por diante permaneceu com eles, saindo e entrando em Jerusalém, e pregando, destemidamente, o nome do Senhor" (At 9, 26-28).
Assim, quando São Paulo esteve em Jerusalém para conhecer os apóstolos, os dois "Tiagos" estavam vivos, mas se prestarmos atenção na seqüência entre os capítulos 1 e 2 da carta aos Gálatas, veremos que o Tiago referido em Gl 2,9 parece ser o mesmo de Gl 1,19. O capítulo 2 da carta aos Gálatas se refere ao Concílio de Jerusalém, narrado em At 15, quando o Tiago, filho de Zebedeu já havia sido morto (cf. At 12,1-2).
Com efeito, Rufino ("Comentário ao Credo dos Apóstolos", 37) e Eusébio de Cesaréia ("História Eclesiástica", II,23), ambos historiadores da Igreja Antiga, registraram a Tradição Apostólica que identifica Tiago, autor da Epístola de Tiago, como irmão do Senhor. É sabido que o autor da Epístola a Tiago, é o Tiago filho de Alfeu, irmão de Judas Tadeu (cf. Jd 1,1), o autor da Epístola de Judas.
6. Identificando os "irmãos" de Jesus
Vimos que São Paulo dá testemunho da Tradição Apostólica de identificar Tiago, filho de Alfeu, como irmão do Senhor Jesus. Lembremos que este Tiago tem com irmãos Judas Tadeu e José.
Ora, exatamente os nomes Tiago, Judas e José que encabeçam a lista dos "irmãos" de Jesus na lista dos Evangelistas, lembremos:
"Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito" (Mc 6,3) (grifos meus).
"Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mt 13,55) (grifos meus).
7. Identificando a mãe dos "irmãos" de Jesus
Para ficar ainda mais claro que Tiago, José e Judas são primos de Jesus, vamos identificar mãe deles.
Os evangelistas relataram que além da Mãe de Jesus, outras mulheres estavam próximas ao calvário. Vejamos:
"Havia ali [no Calvário] também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir. Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu" (Mt 27,55-56) (grifos meus).
Segundo São Mateus eram elas: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José e a mãe dos filhos de Zebedeu. Com efeito, Tiago e José que também são irmãos de Judas Tadeu tem por mãe uma Maria que não é a mãe do Senhor. Os filhos de Zebedeu são Tiago Maior e São João, cuja mãe também estava na cena da crucificação.
"E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé" (Mc 15,40).
São Marcos eram elas: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José que também são irmãos de Judas e Salomé. Em concordância com São Mateus, Salomé só pode ser a mãe dos filhos de Zebedeu, isto é, a mãe de Tiago Maior e São João. Novamente a Maria mãe de Tiago, Judas e José não é a Maria mãe de Jesus. Esta Maria tinha por marido Alfeu.
"Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria [esposa] de Cleofas, e Maria de Mágdala" (Jo 19,25).
São João identifica Maria esposa de Cleofas como tia de Jesus, isto é, irmã de Santa Maria. Ora, sabemos que Tiago Maior e São João não são primos de Jesus, caso contrário seriam chamados "irmãos do Senhor"; assim, Salomé não é a Maria esposa de Cleofas.
Esta Maria, esposa de Cleofas, é a mãe de Tiago, José e Judas. Portanto, estes "irmãos" de Jesus, são na verdade seus primos, filhos de Maria, tia de Jesus.
Como na antiguidade os homens normalmente eram conhecidos por dois nomes, alguns acreditam que Cleofas é o outro nome de Alfeu. Outros sustentam a tese de que Cleofas é o marido de um segundo casamento de Maria, tia de Jesus. Com efeito, somente Tiago é referido como filho de Alfeu (ver item 2 deste artigo), enquanto se diz apenas que Judas e José são seus irmãos.
Sendo Alfeu e Cleofas, a mesma pessoa ou não, isso não oferece qualquer problema, pois de fato Tiago, Judas e José, são filhos de Maria, tia de Jesus; não importando se Tiago Menor é filho de Alfeu e Judas e José filhos de Cleofas.
8. Quem é Simão?
Em Mt 13,55 e Mc 6,3 encontramos o nome de Simão junto com os de Tiago, José e Judas.
Quando São Mateus e São Marcos elencam os apóstolos, sempre colocam o nome dos irmãos em seqüência. Ex: Pedro e André, Tiago Maior e João, etc.
Nestas mesmas listas, próximo aos nomes dos irmãos Tiago Menor e Judas Tadeu, os evangelistas citam um Simão: "Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu [...]" (Mt 10,3-4) e "[...] Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador" (Mc 3,18).
Com efeito, Eusébio de Cesaréia em sua "História Eclesiástica" registra que este Simão era primo do Senhor e filho de Cleofas:
"Após o martírio de Tiago [menor] e a destruição de Jerusalém, ocorrida logo depois, conta-se que os sobreviventes dos Apóstolos e discípulos do Senhor vindos de todas as partes se congregaram e com os consangüíneos do Senhor 'havia um grande número deles ainda vivos' reuniram-se em conselho para verificar quem julgariam digno de suceder a Tiago. Todos unanimemente consideraram idôneo para ocupar a sede desta Igreja Simeão, filho de Cléofas, de quem se faz memória no livro do Evangelho (Lc 24,18; Jô 19,25). Diz-se que era primo do Salvador. Efetivamente, Hegesipo [historiador antigo] declara que Cléofas era irmão de José" (HE III,11).
Conclusão
Os "irmãos" de Jesus são seus primos, filhos da irmã da Mãe do Senhor, cujo nome é também Maria; são eles Tiago, José, Judas Tadeu e Simão. Este é o testemunho da Sagrada Escritura e da Memória dos primeiros cristãos.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

UM DIÁLOGO FICTÍCIO SOBRE O PURGATÓRIO.



Por Dave Amstrong
Tradução: Rondinelly Ribeiro
 



Paulo (presbiteriano): Olá Dante! O que é essa doutrina sem sentido do purgatório (fala fazendo careta) que sua Igreja Católica ensina? Você nunca leu que "estar fora do corpo é estar presente com Deus" (2 Cor 5,8)?
Dante (católico): Primeiro de tudo, você não leu direito o verso. Paulo está dizendo que ele preferia estar na presença de Deus em espírito que em seu corpo. Segundo, sua interpretação não se adapta àqueles que estão condenados ao inferno, pois eles não estão "com o Senhor". Terceiro, porque você acha que estar no purgatório significa estar com Deus?
Paulo: Bem, estou comovido. Mas você não conseguiu me mostrar um único verso na Bíblia que se refere ao estado na vida futura outro que não o céu e o inferno.
Dante: Verdade? Eu detesto contradize-lo (sorrisos), mas e quanto à parábola de Lázaro e o rico (Lc 16,19-31)? Este é o Sheol hebreu (Hades dos gregos) e inclui tanto bons como maus homens. O paraíso não pode ter pecadores (Ap 21,27) e o inferno não pode conter pessoas salvas.
Paulo: Ah, mas esta é apenas uma parábola. Você não pode construir uma doutrina a partir de uma história! Você deve fazer mais que isso.
Dante: Discordo. Jesus não contaria falsidade quanto aos assuntos espirituais, mesmo que em parábolas. Isto seria enganoso. Além do mais, dizemos que Cristo pregou para (aparentemente condenados) "espíritos na prisão" após sua morte (1 Pd 3,19-20) e tomou os justos com Ele para o paraíso (Ef 4,8-10). Isto indica um Sheol ou Hades dividido, com os justos e os maus. Um terceiro estado.
Paulo: Bem... tudo bem, você me pegou desta vez. Mas nenhum pôde ir ao céu até que Jesus ressuscitasse, então só haviam dois destinos depois da morte.
Dante: Não: Elias foi direto para o céu (2 Rs 2,11), e muitos cristãos acreditam o mesmo quanto a Enoch (Gn 5,24). Haviam duas possibilidades para os justos: Sheol ou paraíso, assim como existem dois hoje: purgatório ou paraíso, como Jesus solidamente dá a entender (Mt 5,25-26; Lc 12,58-59).
Paulo: Ok, mas qual outro versículo você pode citar?
Dante: bem, Paulo aceita orações pelos mortos, o que pressupõe o purgatório, onde as pessoas são purificadas.
Paulo: Ora vamos! Agora você foi muito fundo... onde?
Dante: Em 1 Cor 15,29 Paulo se refere a pessoas sendo batizadas pelos mortos e ele aparenta orar por um homem morto, Onesífero, em 2 Tm 1,16-18.
Paulo: O que você acha que Paulo quis dizer com "batismo pelos mortos"?
Dante: Cremos que ele se refere a atos de penitência e orações pelos mortos. "Batismo" é geralmente uma metáfora para "sofrimento" (Mc 10,28-29; Lc 3,16; 12,50), e Paulo parecia ter 2 Mac 12,44 em mente ? um versículo muito similar que explicitamente mostra a retidão das orações pelos mortos.
Paulo: Mas este é apócrifo, não o aceitamos.
Dante: Eu sei, mas se Paulo realmente está se referindo a ele, isto está além da questão, e você ainda terá que buscar uma interpretação para esse versículo de alguma forma. Mas há mais: Jesus fala em pecados serem perdoados no "mundo vindouro" (Mt 12,32), e três níveis de julgamento. Estas são referências ao purgatório. A Bíblia também menciona um "fogo" e uma purificação, um processo que para que nós nos tornemos santos (Ex 19,18; Is 4,4; 6,7; Ml 3,1-4; 2 Cor 7,1; 1 Tes 4,3-7; 1 Jo 3,2-3; Hb 12,29).
Paulo: Mas porque Deus nos daria tal tormento? Porque Ele não simplesmente perdoa os pecados, já que Jesus já levou nossas penalidades (Is 53,4-6)?
Dante: Deus é santo e perfeito assim como é misericordioso, e este processo é o caminho que nós devemos usar para entrar em Sua presença. Além disso, há mais piedade em permitir que as pessoas sejam purificadas dos seus pecados remanescentes após a morte como um prelúdio do céu, do que condena-los ao inferno. Qualquer que seja o motivo, Deus nos revelou o purgatório na Bíblia. Paulo fala do "tribunal de julgamento de Cristo" (2 Cor 5,10), onde nossas obras serão provadas, sendo que depois alguns serão salvos "pelo fogo". Em todos os sentidos, este é precisamente o que os católicos entendem por purgatório. Você não acredita no "tribunal de julgamento de Cristo", e que santidade é requerida para ver a Deus (Hb 12,14-15,23; Ef 5,5)?
Paulo: Ok, mas isto ocorre rapidamente no julgamento.
Dante: Certo, suponha que eu concorde com você. Agora estamos falando sobre duração, uma disputa meramente quantitativa que qualitativa. Porque essas minúcias sobre estes detalhes? Estamos distantes destes.
Paulo: Tudo bem, mas não imaginemos que esse julgamento dure centenas de anos, onde os sofredores perderiam todas as esperanças.
Dante: Ninguém sabe o quanto durará o julgamento particular. Paulo não indica nada. Mas estas almas sofredoras sabem que estão salvas e irão eventualmente para o paraíso. O purgatório é o vestíbulo do céu, não do inferno. Você acredita que seremos arrebatados, e eu creio que isto levará um pouco mais de tempo. Mas há concordância que alguma purificação ocupa seu lugar.
Paulo: Wow! Eu nunca pensei nisto desta forma. Mas se a Bíblia ensina isto, eu não posso discordar dela. Obrigado, Dante!

idolatria da boca de um ex-pastor evangelico.





by Emerson Oliveira


O dr. Fernando Casanova, teólogo e ex-ministro evangélico, trata do tema da suposta idolatria na Igreja Católica e explica o culto às imagens e onde está fundamentado na Bíblia.
Da segunda temporada da série “Estou em Casa”, Fernando explica os temas que pensavam estar superados. Prestem bem atenção.
Legendas: Emerson H. de Oliveira

aborto não, vida sim!




Todo aquele que praticar o aborto ou aprovar esse tipo de ato, terá a força das mãos de Deus em sua consciência para sempre.
Passe isso a frente!
Diego Sales campos.

CATÓLICO NÃO PODE SER ESPÍRITA!

Por Pe. Edvino A. Friderichs & Frei Boaventura Kloppenburg
Fonte: Livro - Caixinha de Perguntas, veja o texto.




            Pe. Edvino A. Friderichs, S.J., em seu livro "Caixinha de Perguntas, sobre religião e superstições", Gráfica Vicentina Ltda. - Editora, 1996, cita, nas páginas 54-60, as 40 razões, escritas por Frei Boaventura Kloppenburg, já falecido, e que foi um dos maiores teólogos católicos do Brasil, e também profundo conhecedor da doutrina espírita, de o porquê um cristão católico não pode ser espírita. Leiamos, como cristãos católicos, cada uma das razões abaixo com calma, refletindo, para não nos deixarmos enganar pela falsa doutrina do espiritismo, que em si mesmo é anti-cristão.
"1)       O católico instruído sabe que o homem tem uma inteligência limitada e que Deus é infini­tamente sábio, podendo revelar-nos verdades que superam a nossa capacidade racional e por isso o católico admite a possibilidade do mistério e aceita tais verdades sempre que tem certeza de que fo­ram reveladas por Deus; o espírita proclama que absolutamente não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender, é falso e deve ser rejeitado.
2)         O católico instruído crê que Deus pode fa­zer e de fato fez milagres para comprovar Sua re­velação; o espírita rejeita a possibilidade do mila­gre e dogmatiza que também Deus deve obedecer às leis da natureza.
3)         O católico instruído crê que os livros da Sagrada Escritura foram inspirados por Deus e que, por isso, não podem ter erros em questões de fé e de moral; o espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que nunca foi ins­pirada por Deus.
4)         O católico instruído crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que os ajudasse a transmitir e conservar fiel­mente as verdades divinamente reveladas; o espí­rita declara que os apóstolos e seus sucessores, o Papa e os Bispos, não entenderam os ensinamen­tos de Cristo e que tudo o que eles nos transmi­tiram, está errado e falsificado.
5)         O católico instruído crê que o Papa, suces­sor de São Pedro, é infalível sempre que com sua suprema autoridade, decide solenemente questões de fé ou moral; o espírita proclama que os Papas só espalharam o erro e a incredulidade.
6)         O católico instruído crê que Jesus instituiu uma Igreja com o fim de continuar através dos sé­culos Sua obra de santificação dos homens; o es­pírita declara que até a vinda de Allan Kardec a obra de Cristo estava perdida e inutilizada.
7)         O católico instruído crê que Jesus nos en­sinou todas as verdades religiosas necessárias e su­ficientes para a nossa eterna salvação; o espírita proclama que o espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e mesmo a substituir o Evangelho de Cristo.
8)         O católico instruído crê que em Deus há uma só natureza e três pessoas, Pai, Filho, Espírito Santo; o espírita nega este augusto e fundamental mistério da Santíssima Trindade.
9)         O católico instruído crê que Deus é o Cria­dor de todas as coisas, realmente distinto do mun­do e um Ser Pessoal e Consciente; grande parte dos espíritas afirmam que Deus é a alma do mun­do e que os homens são partículas de Deus, pro­fessando assim um perfeito panteísmo.
10)      O católico instruído crê que Deus é libérrimo para criar ou não criar o mundo e fazê-lo como melhor lhe parece; muitos espíritas dogmatizam que Deus devia necessariamente desde toda eternidade criar e devia fazer todos os homens iguaizinhos.
11)      O católico instruído crê que Deus fez o mundo do nada, com o simples império de sua vontade onipotente; o espírita dogmatiza que o mundo, ou sempre existiu e apenas se aperfeiçoou, ou é uma emanação de Deus.
12)      O católico instruído crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo; o espírita dogmatiza que a nossa alma é o resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.
13)      O católico instruído crê que Deus inter­veio diretamente na formação do primeiro homem; o espírita dogmatiza que o primeiro homem era um macaco evoluído.
14)      O católico instruído crê que o homem é uma composição substancial entre corpo e alma; o espírita dogmatiza que é um composto entre perispírito e alma e que o corpo é apenas um invólucro temporário, um "alambique para purificar o espí­rito".
15)      O católico instruído crê que a alma é um espírito sem matéria; o espírita dogmatiza que a alma "é a matéria quintessenciada".
16)      O católico instruído obedece a Deus que, sob penas severas, proibiu a evocação dos mortos; o espírita fez desta evocação uma nova religião.
17)      O católico instruído crê na existência de anjos, seres espirituais mais perfeitos que o ho­mem; o espírita dogmatiza que não há anjos, mas apenas espíritos mais evoluídos e que eram ho­mens.
18)      O católico instruído crê que uma parte dos anjos, os demônios, se revoltou contra Deus, sendo condenados ao inferno; o espírita dogmatiza que não há demônios, mas apenas espíritos imper­feitos, mas que alguma vez alcançarão a perfeição.
19)      O católico instruído crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus, a se­gunda pessoa da Santíssima Trindade, Deus igual ao Pai e ao Espírito Santo; o espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e dogmatiza que Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
20)      O católico instruído crê que Jesus fez ver­dadeiramente milagres para comprovar sua missão divina; o espírita nega as ressurreições e os outros milagres operados por Cristo.
21)      O católico instruído crê que Jesus Cristo é também verdadeiro homem, com corpo real e alma humana; grande parte dos espíritas dogma­tiza que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.
22)      O católico instruído crê que Maria San­tíssima é Mãe de Deus, isto é, de Cristo que é Deus, e por isso imaculada, sempre virgem e assu­mida ao céu em corpo e alma; o espírita nega e ridiculariza todos os privilégios da excelsa Mãe de Jesus.
23)      O católico instruído crê que Cristo veio para salvar e remir a humanidade por sua vida, paixão e morte na cruz; o espírita dogmatiza que Jesus não é nosso redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e isso mesmo ainda de um modo obscuro e incerto e que cada um pre­cisa remir-se a si mesmo.
24)      O católico instruído crê que o filho de Adão nasce sem os dons da graça com que Deus adornara generosamente a natureza humana, isto é, que nascemos todos com o pecado original; o espírita dogmatiza que Deus assim seria injusto e por isso nega o pecado original.
25)      O católico instruído crê que Deus está sempre disposto a nos ajudar com a sua graça e seus favores; o espírita dogmatiza que Deus não pode conceder nem graças nem favores, mas tem que dar a todos exatamente o mesmo.
26)      O católico instruído crê que Deus pode perdoar os pecados ao pecador que a Ele se volta arrependido e contrito, com o propósito sincero de não tornar a pecar; o espírita dogmatiza que Deus não pode perdoar pecados sem que preceda rigoro­sa expiação e reparação feita pelo próprio pecador, em sempre novas encarnações.
27)      O católico instruído crê que a vida de pe­nitência e de oração e contemplação aperfeiçoa o homem; o espírita dogmatiza que a penitência vo­luntária e a contemplação nada valem perante Deus.
28)      O católico instruído crê que, em atenção aos superabundantes merecimentos de Cristo e me­diante os sacramentos por ele determinados e ins­tituídos, o homem pode ser elevado à ordem da vida sobrenatural, que nos torna filhos adotivos de Deus, templos vivos do Espírito Santo e herdeiros do céu; o espírita nega qualquer graça santificante e a vida sobrenatural.
29)      O católico instruído crê que Jesus insti­tuiu sete sacramentos como meios por Ele determi­nados de santificação; o espírita nega toda eficácia sobrenatural dos sacramentos.
30)      O católico instruído crê que é pelo ba­tismo que o homem deve iniciar a sua santifica­ção; o espírita nega que Jesus mandou que se batizas­sem todos os homens para a remissão dos pecados e a infusão da vida sobrenatural.
31)      O católico instruído crê que Jesus está verdadeiramente presente no Pão Eucarístico para ser o alimento da nossa vida sobrenatural; o espí­rita ridiculariza a Eucaristia como pura "panto­mina e palhaçada do catolicismo".
32)      O católico instruído crê que a confissão é um meio determinado por Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do batismo e de que sinceramente nos arrependemos; o espírita dogma­tiza que cada qual precisa reparar o mal por meio de novas reencarnações, sem o que Deus não pode perdoar pecados.
33)      O católico instruído crê que o matrimô­nio é um sacramento instituído por Cristo para es­tabelecer uma santa e indissolúvel união entre o homem e a mulher; o espírita proclama que o ca­samento é solúvel e que o divórcio é uma lei na­tural.
34)      O católico instruído crê que o homem vive uma só vez sobre a terra e que desta única exis­tência depende a vida eterna; o espírita dogmati­za que a gente nasce, vive e morre e renasce ainda e progride continuamente.
35)      O católico instruído crê que depois da morte o homem deve comparecer perante Deus e prestar contas de sua vida; o espírita dogmatiza que este juízo particular é pura fantasia e imagi­nação.
36)      O católico instruído crê na existência de um lugar e um estado chamado purgatório, onde se purificam as almas dos justos que morreram com pecados leves não arrependidos ou com casti­gos temporais não satisfeitos; o espírita decreta que este purgatório não existe, mas foi inventado pela Igreja para ganhar dinheiro.
37)      O católico instruído crê na existência do céu, estado e lugar da felicidade sem fim, para onde vão aqueles que morreram plenamente justifica­dos com Deus; o espírita ridiculariza e zomba des­te céu como de um lugar de "eterna e fastidiosa ociosidade".
38)      O católico instruído crê que todo aquele que morrer impenitente e obstinado em pecado grave deliberada e voluntariamente cometido, será condenado ao inferno; o espírita dogmatiza que o inferno foi inventado para assustar crianças.
39)      O católico instruído crê que no fim do mundo todos hão de ressuscitar com seus próprios corpos; o espírita dogmatiza que não pode haver ressurreição dos mortos.
40)      O católico instruído crê que no fim do mundo haverá um juízo final, presidido por Cristo; o espírita dogmatiza que Jesus não virá para julgar todos os homens."
            "Nesta altura, você escolhe para que lado quer ir; para o católico ou para o espírita. Agora você compreende porque o católico não pode ser espí­rita. "Ninguém pode servir a dois Senhores" (Mt 6,24), disse Cristo."



            "Ser católico de manhã e espírita à tarde, man­dar rezar missa por um falecido e ir evocá-lo de­pois, freqüentar a Igreja e ir ao centro espírita ou de umbanda não dá, de jeito nenhum; seria que­rer servir a dois senhores, inimigos um do outro."



Fonte: Friderichs, Edvino A., S.J. - "Caixinha de Perguntas, sobre religião e superstições", Gráfica Vicentina Ltda. - Editora, 1996, [cf. páginas 54-60].

A Doutrina da Santa Igreja Católica!

A doutrina católica é constituída pelo conjunto de dogmas e verdades de fé , de ensinamentos , de preceitos e de leis da Santa Igreja.
Estruturando-se , pois , sobre o Texto-Sagrado que contém a palavra de Deus e Seus mandamentos  , sendo também formada pela sagrada tradição , pelo magistério infalível da Santa Igreja , magistério expresso nos documentos dos concílios universais e nas decisões e pronunciamentos papais , bem como em todo documento que possua aprovação da autoridade eclesiástica.
A doutrina católica consiste , pois , dos dogmas de modo geral, da condenação das heresias e da missão de ensinar e de santificar da Igreja , para a salvação das almas e para a maior glória de Deus.
Constituem elementos principais da doutrina católica : o Credo Niceno-Constantinoplano (325-381), o governo da Igreja , sua hierarquia , a instituição do papado , o colégio episcopal , seus tribunais , seus concílios , bem como os dogmas da Santissima-Trindade , os dogmas sobre o Cristo , os dogmas marianos ,  sobre o homem , o culto aos santos  , os santíssimos sacramentos : do batismo, da penitência, da eucaristia, da crisma, da ordem, do matrimônio e da unção dos enfermos , que transmitem a graça divina necessária para a santificação dos homens e do mundo , e , mediante os quais ,  a Igreja realiza a sua missão.
As fontes documentais mais relevantes da doutrina católica são pois : o Catecismo , o Código de Direito Canônico ,os documentos papais, os documentos das autoridades eclesiásticas ; os documentos conciliares e todos os textos de santos da Igreja , bem como , os textos de seus  doutores devidamente aprovados.
Para sermos bons cristãos - perseverarmos na palavra de Deus - devemos conhecer sempre melhor a santa doutrina da Igreja , porque - ao conhecê-la - poderemos transmitir mais perfeitamente as verdades de Deus , evitando o erro ,e, conseqüentemente, o mal e o pecado .




O Cristo disse : "Eu sou o caminho , a verdade e a vida , ninguém vem ao Pai , a não ser por mim" ( Jo14,6 ); os cristãos , ao seguirem Jesus , devem , portanto , viver da Verdade , viver do amor do Cristo e transmitir as verdades de Deus.

Vejam todos papas da igreja católica desde Pedro!



1.São Pedro (32-67)
2.São Lino (67-76)
3.São Anacleto (ou Cleto) (76-88)
4.São Clemente I (88-97)
5.Santo Evaristo (98-107)
6.São Alexandre I (107-115)
7.São Sixto (ou Xisto) I (115-125)
8.São Telésforo (125-136)
9.São Higino (136-140)
10.São Pio I (141-155)
11.São Aniceto (155-166)
12.São Sóter (166-175)
13.São Eleutério (175-189)
14.São Vitor I (189-199)
15.São Zefirino (199-217)
16.São Calisto I (217-222)
17.São Urbano I (222-230)
18.São Ponciano (230-235)
19.São Antero (235-236)
20.São Fabiano (236-250)
21.São Cornélio (251-253)
22.São Lúcio I (253-254)
23.São Estéfano I (254-257)
24.São Sixto II (257-258)
25.São Dionísio (260-268)
26.São Félix I (269-274)
27.São Eutiquiano (275-283)
28.São Caio (283-296)
29.São Marcelino (296-304)
30.São Marcelo I (308-309)
31.São Eusébio (309 – 310)
32.São Miltíades (311-314)
33.São Silvestre I (314-335)
34.São Marco (336)
35.São Júlio I (337-352)
36.Líbero (352-366)
37.São Damaso I (366-383)
38.São Sírico (384-399)
39.São Anastácio I (399-401)
40.São Inocêncio I (401-417)
41.São Zósimo (417-418)
42.São Bonifácio I (418-422)
43.São Celestino I (422-432)
44.São Sixto III (432-440)
45.São Leão I Magno (440-461)
46.São Hilário (461-468)
47.São Simplício (468-483)
48.São Felix II (III) (483-492)
49.São Gelásio I (492-496)
50.Anastácio II (496-498)
51.São Símaco (498-514)
52.São Hormisdas (514-523)
53.São João I (523-526)
54.São Félix III (IV) (526-530)
55.Bonifácio II (530-532)
56.João II (533-535)
57.São Agápito I (535-536)
58.São Silvério (536-537)
59.Vigílio (537-555)
60.Pelágio I (556-561)
32.São Miltíades (311-314)
33.São Silvestre I (314-335)
34.São Marco (336)
35.São Júlio I (337-352)
36.Líbero (352-366)
37.São Damaso I (366-383)
38.São Sírico (384-399)
39.São Anastácio I (399-401)
40.São Inocêncio I (401-417)
41.São Zósimo (417-418)
42.São Bonifácio I (418-422)
43.São Celestino I (422-432)
44.São Sixto III (432-440)
45.São Leão I Magno (440-461)
46.São Hilário (461-468)
47.São Simplício (468-483)
48.São Felix II (III) (483-492)
49.São Gelásio I (492-496)
50.Anastácio II (496-498)
51.São Símaco (498-514)
52.São Hormisdas (514-523)
53.São João I (523-526)
54.São Félix III (IV) (526-530)
55.Bonifácio II (530-532)
56.João II (533-535)
57.São Agápito I (535-536)
58.São Silvério (536-537)
59.Vigílio (537-555)
60.Pelágio I (556-561)
61.João III (561-574)
62.Benedito I (575-579)
63.Pelágio II (579-590)
64.São Gregório I (590-604)
65.Sabiniano (604-606)
66.Bonifácio III (607)
67.São Bonifácio IV (608-615)
68.Adeodato I (615-618)
69.Bonifácio V (619-625)
70.Honório I (625-638)
71.Severino (640)
72.João IV (640-642)
73.Teodoro I (642-649)
74.São Martinho I (649-655)
75.São Eugênio I (655-657)
76.São Vitaliano (657-672)
77.Adeodato II (672-676)
78.Dono (676-678)
79.São Ágato (678-681)
80.São Leão II (682-683)
81.São Benedito II (684-685)
82.João V (685-686)
83.Cónon (686-687)
84.São Sérgio I (687-701)
85.João VI (701-705)
86.João VII (705-707)
87.Sisino (708)
88.Constantino (708-715)
89.São Gregório II (715-731)
90.São Gregório III (731-741)
91.São Zacarias (741-752)
92.Estéfano II (752)
93.Estéfano III (752-757)
94.São Paulo I (757-767)
95.Estéfano IV (767-772)
96.Adriano I (772-795)
97.São Leão III (795-816)
98.Estéfano V (816-817)
99.São Pascoal I (817-824)
100.Eugênio II (824-827)
101.Valentino (827)
102.Gregório IV (827-844)
103.Sérgio II (844-847)
104.São Leão IV (847-855)
105.Benedito III (855-858)
106.São Nicolau I, o Grande (858-867)
107.Adriano II (867-872)
108.João VIII (872-882)
109.Marino I (882-884)
110.São Adriano III (884-885)
111.Estéfano VI (885-891)
112.Formoso (891-896)
113.Bonifácio VI (896)
114.Estéfano VII (896-897)
115.Romano (897)
116.Teodoro II (897)
117.João IX (898-900)
118.Benedito IV (900-903)
119.Leão V (903)
120.Sérgio III (904-911)
121.Anastácio III (911-913)
122.Lando (913-914)
123.João X (914-928)
124.Leão VI (928)
125.Estéfano VIII (929-931)
126.João XI (931-935)
127.Leão VII (936-939)
128.Estéfano IX (939-942)
129.Marino II (942-946)
130.Agápto II (946-955)
131.João XII (955-963)
132.Leão VIII (963-964)
133.Benedito V (964)
134.João XIII (965-972)
135.Benedito VI (973-974)
136.Benedito VII (974-983)
137.João XIV (983-984)
138.João XV (985-996)
139.Gregório V (996-999)
140.Silvestre II (999-1003)
141.João XVII (1003)
142.João XVIII (1003-1009)
143.Sérgio IV (1009-1012)
144.Benedito VIII (1012-1024)
145.João XIX (1024-1032)
146.Benedito IX (1032-1045)
147.Silvestre III (1045)
148.Benedito IX (1045)
149.Gregório VI (1045-1046)
150.Clemente II (1046-1047)
151.Benedito IX (1047-1048)
152.Damasus II (1048)
153.São Leão IX (1049-1054)
154.Victor II (1055-1057)
155.Estéfano X (1057-1058)
156.Nicolau II (1058-1061)
157.Alexandre II (1061-1073)
158.São Gregório VII (1073-1085)
159.Victor III (1086-1087)
160.Urbano II (1088-1099)
161.Pascoal II (1099-1118)
162.Gelásio II (1118-1119)
163.Calisto II (1119-1124)
164.Honório II (1124-1130)
165.Inocêncio II (1130-1143)
166.Celestino II (1143-1144)
167.Lúcio II (1144-1145)
168.Eugênio III (1145-1153)
169.Anastácio IV (1153-1154)
170.Adriano IV (1154-1159)
171.Alexandre III (1159-1181)
172.Lúcio III (1181-1185)
173.Urbano III (1185-1187)
174.Gregório VIII (1187)
175.Clemente III (1187-1191)
176.Celestino III (1191-1198)
177.Inocêncio III (1198-1216)
178.Honório III (1216-1227)
179.Gregório IX (1227-1241)
180.Celestino IV (1241)
181.Inocêncio IV (1243-1254)
182.Alexandre IV (1254-1261)
183.Urbano IV (1261-1264)
184.Clemente IV (1265-1268)
185.Gregório X (1271-1276)
186.Inocêncio V (1276)
187.Adriano V (1276)
188.João XXI (1276-1277)
189.Nicolau III (1277-1280)
190.Martinho IV (1281-1285)
191.Honório IV (1285-1287)
192.Nicolau IV (1288-1292)
193.São Celestino V (1294)
194.BonifácioVIII (1294-1303)
195.Benedito XI (1303-1304)
196.Clemente V (1305-1314)
197.João XXII (1316-1334)
198.Benedito XII (1334-1342)
199.Clemente VI (1342-1352)
200.Inocêncio VI (1352-1362)
201.Urbano V (1362-1370)
202.Gregório XI (1370-1378)
203.Urbano VI (1378-1389)
204.Bonifácio IX (1389-1404)
205.Inocêncio VII (1406-1406)
206.Gregório XII (1406-1415)
207.Martinho V (1417-1431)
208.Eugênio IV (1431-1447)
209.Nicolau V (1447-1455)
210.Calisto III (1455-1458)
211.Pio II (1458-1464)
212.Paulo II (1464-1471)
213.Sixto IV (1471-1484)
214.Inocêncio VIII (1484-1492)
215.Alexandre VI (1492-1503)
216.Pio III (1503)
217.Júlio II (1503-1513)
218.Leão X (1513-1521)
219.Adriano VI (1522-1523)
220.Clemente VII (1523-1534)
221.Paulo III (1534-1549)
222.Júlio III (1550-1555)
223.Marcelo II (1555)
224.Paulo IV (1555-1559)
225.Pio IV (1559-1565)
226.São Pio V (1566-1572)
227.Gregório XIII (1572-1585)
228.Sixto V (1585-1590)
229.Urbano VII (1590)
230.Gregório XIV (1590-1591)
231.Inocêncio IX (1591)
232.Clemente VIII (1592-1605)
233.Leão XI (1605)
234.Paulo V (1605-1621)
235.Gregório XV (1621-1623)
236.Urbano VIII (1623-1644)
237.Inocêncio X (1644-1655)
238.Alexandre VII (1655-1667)
239.Clemente IX (1667-1669)
240.Clemente X (1670-1676)
241.Inocêncio XI (1676-1689)
242.Alexandre VIII (1689-1691)
243.Inocêncio XII (1691-1700)
244.Clemente XI (1700-1721)
245.Inocêncio XIII (1721-1724)
246.Benedito XIII (1724-1730)
247.Clemente XII (1730-1740)
248.Benedito XIV (1740-1758)
249.Clemente XIII (1758-1769)
250.Clemente XIV (1769-1774)
251.Pio VI (1775-1799)
252.Pio VII (1800-1823)
253.Leão XII (1823-1829)
254.Pio VIII (1829-1830)
255.Gregório XVI (1831-1846)
256.Pio IX (1846-1878)
257.Leão XIII (1878-1903)
258.São Pio X (1903-1914)
259.Benedito XV (1914-1922)
260.Pio XI (1922-1939)
261.Pio XII (1939-1958)
262.João XXIII (1958-1963)
263.Paulo VI (1963-1978)
264.João Paulo I (1978)
265.João Paulo II (1978 – 2005)
266.Benedito XVI (2005 – )

VENERAÇÃO E NÃO ADORAÇÃO!

QUANTO AS PESSOAS QUE COSTUMAM EM DIZER QUE NÓS CATOLICOS ADORAMOS SANTOS E IMAGENS VAMOS DAR UMA BREVE APROFUNDADA NO ASSUNTO!


VAMOS VER O QUE DIZ O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (Livro que ensina sobre a fé católica),

VEJA:


VENERAÇÃO E NÃO ADORAÇÃO


971 “Toda as gerações me chamarão de Bem-Aventurada” (Lc 1, 48). A piedade da igreja com a Virgem Maria é intríseca ao culto cristão.A Virgem Maria é legitimamente honrada com culto de veneração (culto de homenagem, adoração só para Deus) pela Igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob título de ” Mãe de Deus”, sob cuja proteção aos fiéis suplicantes(pedem intercessão, isto é, pedem pela providência Divina, não pela graça, porque "Maria não santifica nada", só "Deus" que santifica (1tm 1, 1-4))… esse culto de homenagem… embora inteiramente singular, difere essencialmente do CULTO DE ADORAÇÃO que se presta ao Verbo Encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece, este culto encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração mariana, tal como o Santo Rosário.


PORTANTO, PESSOAS QUE ADORAM:
MARIA, DINHEIRO, PASTOR, PE.CÍCERO E OUTROS NÃO SÃO CRISTÃOS!!!!!



E QUEM LEVANTAR ISSO PARA PROVOCAR OS CATÓLICOS DEVEM SABER QUE LEVANTARAM FALSO TESTEMUNHO!!!





E PARA QUEM NÃO SABE E PRÁTICA ESSE ATO, DEVE SABER MAIS QUE TODO MUNDO, QUE FALSO TESTEMUNHO É PECADO!!!



Fonte(s):
Catecismo da Igreja Católica

A EDIFICAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA NO APOSTOLO PEDRO, EDIFICAÇÃO ESSA DADA POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!




Por Karl Keating
Fonte: Catholic Answers
    



 O diálogo a seguir ilustra muito bem um debate entre um católico e um protestante quando este argumenta que a "Pedra" citada por Jesus em Mt 16,18 jamais poderia referir-se a Pedro, mas sim ao próprio Jesus, uma vez que as Sagradas Escrituras em muitas passagens identifica Jesus como a "rocha", a "pedra angular".

Antes de apresentar o diálogo, a Barca de Jesus observa que embora na maioria das passagens bíblicas "pedra" ou "rocha" realmente se refira a Jesus, existem exceções. O próprio Jesus que disse ser a "Luz do Mundo" (Jo 8,12) disse aos apóstolos que também eles deveriam ser "Luz do Mundo" (Mt 5,13). Além da passagem de Mt 16,18 onde a "pedra" referida não se trata de Jesus, como veremos claramente no diálogo abaixo, temos também, por exemplo, Is 51,1-2 (a "pedra" é Abraão) e 1Pd 2, 4-5 ("pedras vivas" é Jesus e também são os cristãos).

O fato de Jesus aplicar a Pedro uma figura que a Bíblia exaustivamente aplica a Jesus, bem mostra a intenção de Jesus em fazer de Pedro um representante de Cristo na terra. O que, por sinal, Ele confirmou explicitamente ao dar autoridade a Pedro não apenas de ligar e desligar na terra, mas também no Céu. Vamos, então, ao diálogo:

Protestante:

Em grego, a palavra para pedra é petra, que significa uma rocha grande e maciça. A palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é petros, que significa uma pedra pequena, uma pedrinha.

Católico:

Na verdade, todo este discurso é falso. Como sabem os conhecedores de grego (mesmo os não católicos), as palavras petros e petra eram sinônimos no grego do primeiro século. Elas significaram "pequena pedra" e "grande rocha" em uma velha poesia grega, séculos antes da vinda de Cristo, mas esta distinção já havia desaparecido no tempo em que o Evangelho de São Mateus foi traduzido para o grego. A diferença de significados existe, apenas, no grego ático, mas o NT foi escrito em grego Koiné - um dialeto totalmente diferente. E, no grego koiné, tanto petros quanto petra significam "rocha". Se Jesus quisesse chamar Simão de "pedrinha", usaria o termo lithos. (para a admissão deste fato por um estudioso protestante, veja D. Carson, The expositors Bible Commentary [Grand Rapids: Zondervan, 1984], Frank E. Gaebelein, ed., 8: 368).

Porém, ignorando a explicação, insiste o protestante:

Vocês, católicos, por desconhecerem o grego, pensam que Jesus comparava Pedro à rocha. Na verdade, é justamente o contrário. Ele os contrastava. De um lado, a rocha sobre a qual a Igreja seria construída: o próprio Jesus ("e sobre esta PETRA edificarei a Minha Igreja"). De outro, esta mera pedrinha ("Simão tu és PETROS"). Jesus queria dizer que ele mesmo seria o fundamento da Igreja, e que Simão não estava sequer remotamente qualificado para isto.

Católico:

Concordo que devemos ir do português para o grego. Mas, com certeza, você concordará que, igualmente, devemos ir do grego para o aramaico. Como você sabe, esta foi a língua falada por Jesus, pelos apóstolos e por todos os judeus da Palestina. Era a língua corrente da região.

Muitos, talvez a maioria, soubessem grego, pois esta era a língua franca do Mediterrâneo. A língua da cultura e do comércio. A maioria dos livros do NT foi escrita em grego, pois não visavam apenas os cristãos da Palestina, mas de outros lugares como Roma, Alexandria e Antioquia, onde o aramaico não era falado.

Sabemos que Jesus falava aramaico devido a algumas de suas palavras que nos foram preservadas pelos Evangelhos. Veja Mt 27,46, onde ele diz na cruz, "Eli, Eli, Lama Sabachtani". Isto não é grego, mas aramaico, e significa, "meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?"

E tem mais: nas epístolas gregas de S. Paulo (por 4 vezes em Gálatas e outras 4 vezes em 1Coríntios), preservou-se a forma aramaica do novo nome de Simão. Em nossas bíblias, aparece como Cefas. Isto não é grego, mas uma transliteração do aramaico Kepha (traduzido por Kephas na forma helenística).

E o que significa Kepha? Uma pedra grande e maciça, o mesmíssimo que petra. A palavra aramaica para uma pequena pedra ou pedrinha é evna. O que Jesus disse a Simão em Mt 16,18 foi "tu és Kepha e sobre esta kepha construirei minha igreja."

Quando se conhece o que Jesus disse em aramaico, percebe-se que ele comparava Simão à rocha; não os estava contrastando. Podemos ver isto, vividamente, em algumas versões modernas da bíblia em inglês, nas quais este versículo é traduzido da seguinte forma: 'You are Rock, and upon this rock I will build my church'. Em francês, sempre se usou apenas pierre tanto para o novo nome de Simão, quanto para a rocha.

Protestante:

Se kepha significa petra, porque a versão grega não traz "tu és Petra e sobre esta petra edificarei a minha Igreja"? Por que, para o novo nome de Simão, Mateus usa o grego Petros que possui um significado diferente do petra?

Católico:

Porque não havia escolha. Grego e aramaico têm diferentes estruturas gramaticais. Em aramaico, pode-se usar kepha nas duas partes de Mt 16,18. Em grego, encontramos um problema derivado do fato de que, nesta língua, os substantivos possuem terminações diferentes para cada gênero.

Existem substantivos femininos, masculinos e neutros. A palavra grega petra é feminina. Pode-se usá-la na segunda parte do texto sem problemas. Mas não se pode usá-la como o novo nome de Simão, porque não se pode dar, a um homem, um nome feminino. Há que se masculinizar a terminação do nome. Fazendo-o, temos Petros, palavra já existente e que também significava rocha. (Obs da Barca de Jesus: Estrutura semelhante ocorre na língua portuguesa: Pedro e pedra.)

Por certo, é uma tradução imperfeita do aramaico; perdeu-se parte do jogo de palavras. Mas, em grego, era o melhor que poderia ser feito.

Além da evidência gramatical, a estrutura da narração não permite uma diminuição do papel de Pedro na Igreja. Veja a forma na qual se estruturou o texto de Mt 16,15-19. Jesus não diz: "Bendito és tu, Simão. Pois não foi nem a carne nem o sangue que te revelou este mistério, mas meu Pai, que está nos céus. Por isto, eu te digo: és uma pedrinha insignificante, e sobre a rocha edificarei a minha Igreja. ... Eu te darei as chaves do reino dos céus."

Ao contrário, Jesus abençoa Pedro triplamente, inclusive com o dom das chaves do reino, mas não mina a sua autoridade. Isto seria contrariar o contexto. Jesus coloca Pedro como uma forma de comandante ou primeiro ministro abaixo do Rei dos Reis, dando-lhe as chaves do Reino. Como em Is 22,22, os reis, no AT, apontavam um comandante para os servir em posição de grande autoridade, para governar sobre os habitantes do reino. Jesus cita quase que verbalmente esta passagem de Isaías, o que torna claríssimo aquilo que Ele tinha em mente. Ele elevou Pedro como a figura de um pai na família dos cristãos (Is 22,21), para guiar o rebanho (Jo 21,15-17). Esta autoridade era passada de um homem para outro através dos tempos pela entrega das chaves, que se usavam sobre os ombros em sinal de autoridade. Da mesma forma, a autoridade de Pedro foi transmitida, nestes dois mil anos, através do papado.